quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

. um dia horrivel lindo.

. Foi em um dia de chuva, no meio de tantos outros, perto daquele em que o coração dela pertencia. Naquela manhã, ela levantou às 5:50hr como o de costume, e ainda sonolenta abriu o guarda roupa e foi escolher o que vestir para ir mais tarde a faculdade, já que ela ia direto do trabalho. Olhou tudo, e nada de bom veio a mente, então, passou a mão numa baby look coloridinha que ela adorava, seu velho jeans que sempre a deixava bem e um par de sapatinhos iguais a esses de bonequinha. Colocou seu uniforme e reparou no espelho que seu cabelo não poderia estar pior, mas quem se importa? O tempo estava horrivel mesmo, era só prendê-lo e pronto.
E ela foi. Trabalhou feito uma louca, correu de um lado para o outro, atendeu todo mundo, escutou o de sempre. E quase na hora de ir, passou a mão num pequeno estojo de maquiagem e tentou disfarçar aquilo que não tem disfarce.
Na van ela adormecera, e sonhou com aquele que queria esquecer. Chegou ao destino irritada com o sonho. Poxa, será que nem em sonhos o sossego não vem? E é justamente ele o primeiro que ela vê. Passou correndo, não queria que ele a visse daquele jeito, sem uma boa escova no cabelo, uma boa produção. Afinal, não era assim que ele achava que ela tinha que viver? Sempre impecável, de cabelo arrumado e nada fora do lugar? E mais que depressa foi sentar-se com outros. Havia um alguém desconhecido
na mesa, e com toda educação ele se apresentou. Os olhos dela brilharam, será possível? Ele fala, e cada palavra parecia uma melodia leve e agradável. Ela olhou pra trás, e o passado estava sentado a mesa ao lado, mas como pensar naquilo naquele momento? Ele a elogiava na frente de todos, dizia como era linda, e achava interessante cada palavra que ela dizia. Ele emprestou seu casaco, pois do nada, começou a esfriar. Ela achou aquilo um máximo. Será que ainda fazem homens assim?
Ele gostou dela daquele jeito, com a roupa simples, cabelo preso. E depois de tempos ela foi ela mesma, sem precisar fingir, sem precisar se esconder.

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