Muriaé, 17 de Julho de 2012.
Estou aqui, sentada na sala, em casa, sozinha. Meu pai viajando, minha mãe foi levar minha irmã em casa. Está passando o filme mais lindo do mundo e ele me inspirou a escrever. O filme? P.S.: EU TE AMO.
Você não sabe, mas é a segunda vez que eu vejo esse filme, sozinha, sentada no sofá da sala que insiste em ser congelante, a não ser quando você está entrelaçado comigo, esquentando meus pés gelados. Fico tentando imaginar onde você está enquanto eu não paro de pensar em nós, no que vai ser, no que vai acontecer. Tenho essa terrível mania de querer saber o futuro, planejar a vida, inventar sonhos.
O celular fica ao meu lado todo o tempo, esperando aquela sms inesperada que eu sei que você não vai mandar. Não faz seu tipo, não é seu perfil. Você é você.
Queria te contar como foi meu dia, te fazer escutar minhas reclamações, minhas dores, meus ciúmes desmedidos e como fico quando vejo alguém querendo o que é meu. Mas você não liga. Você deve estar agora em sua casa ou sei lá onde, ansioso para viajar amanha. Você ama a liberdade, bagunça, agitação. Um dia eu também fui assim, amava essa agitação sem fim que você também tanto gosta, só que hoje em dia meu coração se quietou. Quietação essa que você insiste em chamar de velhice. Você ama falar isso, ama me irritar, me testa, me tira do sério. E eu vou levando, amando o seu jeito de me amar.
AH! Não te contei o assunto do filme. Sei que é melhor eu te contar do que esperar que você assista. Você não vai assistir. O filme fala de um casal, onde o cara morre, mas antes de partir, deixa várias cartas para a amada, junto com presentes, viagens, tudo que ela gosta. Minha irmã antes de ir embora disse que esse filme era a minha cara. Não discordei, é a minha cara mesmo esses romances repletos de surpresas e criatividade independentes de qualquer situação, mas no fundo eu pensei: "Não quero ser o cara do filme, o que sempre faz as surpresas! POXA!"
Mas exigir não é mais comigo. Já foi, mas não é mais, deixei de ser assim. Agora eu não espero, apenas deixo acontecer.
Queria que estivesse aqui.
P.S.: EU TE AMO.
Jéssyca Placides de Lima

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